#26º IS NEWS 📚 — Profissão, a literatura? E o qual o prato da semana?
Posso afirmar que só depois do aparecimento de "Olhai os lírios do campo" é que pude fazer profissão da literatura, Erico Verissimo.
Olá! Se aprochega mais!
“Nós temos a memória residual do começo, primeiro passo dado ao caminhar em direção a realização de um desejo. Quer escrever um primoroso texto, dedicar palavras para as coisas que não consegue explicar, quem sabe um poema faça honrar essa vontade.
Quando hoje observo o tempo passado, ou melhor relógios e desertos inteiros, não recordo nenhum motivo específico para estar aqui diante de um arcabouço de palavras, sentenças e anotações. Limito a compreensão de que havia uma fantástica vontade movendo-se aqui dentro, talvez ela ainda esteja aqui vagando em nosso íntimo, mas após essa longa jornada repleta dos mais diferentes erros e acertos, não sabemos mais com exatidão o motivo de ter começado. Nem precisamos. Aproveitamos a viagem até aqui e seguimos para compor um novo motivo adiante. Estamos sempre indo em direção ao sentimento mais forte.” —FLORES, A. Augusto rima com Angústia . 1. ed. [s.l.] Augúria, 2016. p. 60
O que dizer sobre as últimas semanas? Ódio de não conseguir dar conta dos planos e metas financeiras da IS Editora e isso nos levou a contratar uma empresa terceirizada. Só saberemos em meados de junho se teremos resultados e isso, claro, nos levará a decidir sobre o futuro da IS. Contudo, um brilho de felicidade tem acontecido a cada semana aqui no Substack: mais substackers estão fazendo parte da Casa IS!
Ecos do império
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Pleito Solar
[Bernardo] Recentemente terminei a leitura de dois livros, hoje falarei um pouco de um deles. Ando submerso em pensamentos desde que li as primeiras páginas do romance Para não acabar tão cedo de Clarice Freire. Fui muito feliz enquanto acompanhava a jornada das irmãs Lia e Augusta enquanto jovens senhoras, no Tempo presente da leitura sentia estar sendo observado por um querido amigo mal compreendido que por vezes tornava-se culpado das coisas que nem dependem dele. Recomendo muitíssimo essa leitura tão sensível e poética, além de ser muito bem escrito, senti que a narrativa foi concisa e não se limitou a unicamente narrar uma história, mas a nos propor (escre)viver com ela.
[Welyson] Algumas semanas atrás eu descrevi aqui o meu choque em descobrir que uma série de romances de fantasia era considerada por muitos um plágio de uma outra série. No fim das contas a curiosidade me venceu e acabei começando a ler a série A Roda do Tempo, na verdade até o momento eu já li 6 dos 14 da série em um pouco mais de um mês. O que mais me surpreendeu é o fato disso ter reacendido a minha paixão por literatura fantástica..
[Cris] Eu li recentemente o livro “K” do Bernardo Kucinski e que tem uma relação direta com o nosso premiado “Ainda estou aqui”. K pode ser tanto o pai do autor como o próprio autor, que teve a filha/irmã assassinada na ditadura. O livro acompanha o pai percorrendo todos os caminhos possíveis para reaver a filha (ao menos o corpo dela), desde o IML até embaixadas dentro e fora do país. Uma parte em especial me chocou bastante: o modo com que a ditadura operava criando um terror psicológico baseado na esperança de que a vítima estivesse viva. Nojentos! “Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo” (Ulysses Guimarães). Leiam com urgência!
Audiência imperial
Esse espaço é uma discussão entre nós sobre algo que queremos trazer de atualidades, pode ser algo em alto e que achamos necessário ser falado. Todos nós vamos participar e trazer algo adicional aqui. A estrutura que pensei:
Welyson — Apesar de não ser mais católico a 10 anos, a figura do papa chama a minha atenção, principalmente pelo impacto político que ele representa. Uma das coisas que mais me interessam hoje em dia é o impacto político/social que as coisas tem no mundo, seja de um completo imbecil assumindo um dos países mais poderosos do mundo ou da influência inegável que a religião tem no mundo, principalmente de uma com mais de 1,4 bilhões de seguidores. Que o próximo Sumo Pontífice continue o trabalho do seu predecessor.
Bernardo — Eu não vou fingir que vejo o papa como figura importante. Fico triste com a sua partida da mesma forma que fico triste quando vejo que uma pessoa da minha cidade morreu. Não importa que não a conheço, sinto o pesar de saber que aquela pessoa poderia ter vivido mais, experimentado mais da vida e dado sentido a ela. Sua santidade foi para algum lugar distante, espero que seja o Céu. Todos deveriam ir para o Céu, até mesmo quem não acredita nele. Seria melhor assim.
Cris — Acabei de ver o filme O Conclave e aí o Papa falece. A cabeça fica imaginando quem será o novo pontífice? O que me motivou a trazer esse assunto? Eu não vi a Igreja Católica avançar muito em questões LGBTI+, contudo, vi respeito da parte do Papa Francisco. Espero que o novo pontífice entenda o seu papel político e diplomático como uma responsabilidade de diversidade e pluralidade. Tá, me deixe sonharem.
Palavras de poder
# 19❦ Amores, dores e pipocas literárias
A série Adolescência desvela, com uma força inquietante, as camadas do desastre causado por uma masculinidade construída sob alicerces frágeis, tóxicos e degradantes. O patriarcado, sustentado pela ausência de afeto e pelo medo de ser visto como frágil, incute nos meninos a obrigação de serem duros, invioláveis, invencíveis. Mas o que acontece quando esse ideal de invulnerabilidade entra em colapso?
Alguém devia fazer uma reclamação
Tibério saiu para caminhar em seu primeiro dia de aposentadoria. O salário mínimo não bancou aquele sonho de velejar ao redor do mundo. Passear a pé ao redor do bairro onde morava foi o jeito. Íngreme, a descida dava vertigem aos visitantes desacostumados. Ele se arriscava pela pista invés de usar a calçada, seus vizinhos construíram rampas para os carr…
O Corpo Ausente - um remédio
Pousa, Demônio! Pousa! Destrua a linguagem através do silêncio — do grande silêncio, da pausa, da morte! Entregue-nos à sua vontade erótica de matar pelo outro, morrer por si próprio e nascer pelo intestino vaginal causado pela abolição da própria continuidade absoluta que deságua em nada, em nada.
Falando a Real — Podcast IS
"Falando a Real" (título original: "Shrinking") é uma série de comédia dramática do Apple TV+ que acompanha Jimmy Laird (Jason Segel), um terapeuta lidando com o luto após a morte repentina de sua esposa. Em meio à sua dor, Jimmy decide adotar uma abordagem não convencional em suas sessões, oferecendo conselhos diretos e, por vezes, antiéticos aos pacientes. Essa mudança impacta não apenas a vida dos pacientes, mas também suas relações pessoais, especialmente com sua filha adolescente, Alice (Lukita Maxwell), e seus colegas de trabalho, incluindo Paul (Harrison Ford) e Gabby (Jessica Williams).
Anora
No filme "Anora", acompanhamos a história de Ani (Mikey Madison), uma jovem trabalhadora do sexo no Brooklyn que tem sua vida transformada ao conhecer Ivan (Mark Eidelshteyn), o filho mimado de um oligarca russo. O que começa como uma transação financeira se desenvolve para um romance inesperado e um casamento impulsivo em Las Vegas. No entanto, o conto de fadas moderno de Ani é rapidamente ameaçado quando os pais de Ivan descobrem o matrimônio e enviam seus capangas para anular a união, desencadeando uma luta tensa e, por vezes, cômica pela manutenção desse amor improvável.
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Até a daqui uns dias, pessoal!
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