Eu saí dilacerado da sala do cinema após ver o filme Close (que está disponível nos streamings Mubi e Netflix). Eu já havia visto filmes em que a masculinidade tóxica era evidente mas o olhar do diretor Lukas Dhont e a atuação de Léo (Eden Dambrine) e Rémi (Gustav de Waele) nos fazem refletir de uma maneira totalmente inovadora. De que maneira?
Obs: bullying é uma prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica, tais como intimidação, humilhação, xingamentos e agressão física, de uma pessoa ou grupo contra um indivíduo.
Em um primeiro momento eu, que não tinha ideia do que o filme se tratava, achei que algo romântico aconteceria entre os protagonistas. Que engano o meu! O filme não trata disso. Trata justamente do oposto: de como em um colégio colegas podem condenar uma amizade entre dois homens fazendo-os se afastarem paulatinamente. E mostra, com muita sensibilidade e maestria, como Léo e Rémi reagem.
Em uma área rural não especificada, os dois meninos Léo e Rémi, de 13 anos, desenvolve uma grande amizade. Sua afeição também se manifesta fisicamente de uma forma incomum para os meninos, mas sem nenhum aspecto erótico ou mesmo sexual visível. Eles possuem o hábito de dormir um ao lado do outro na mesma cama, passeiam juntos e confessam segredos. A mãe de Rémi, Sophie, de quem ele é filho único, aceita isso sem julgamentos e ama Léo como um segundo filho.
Depois de um verão despreocupado passado juntos, como sempre, os dois garotos se encontram em uma nova sala de aula, onde sua amizade extraordinariamente próxima causa rebuliço. Por fim, alguns colegas perguntam abertamente se os dois são um casal. Léo nega veementemente, enquanto Rémi não comenta sobre isso. Léo passa a ficar extremamente inquieto com essa percepção externa. Para não ser condenado ao ostracismo como gay, ele agora se distancia ostensivamente de Rémi, busca novas amizades e começa a jogar hóquei no gelo — um esporte decididamente “masculino” –, pelo qual exclui deliberadamente Rémi dessas atividades. No final, Léo recusa a proximidade com seu amigo mesmo quando os dois estão sozinhos.
Rémi começa a ficar destabilizado ao se sentir menosprezado, especialmente porque Léo se fecha para qualquer conversa sobre a separação dos dois, mesmo quando Rémi faz algumas tentativas de conversação. Léo ainda gosta de Rémi, mas gostaria de deixar para trás a relação “próxima demais”, sem buscar um caminho comum que seja suportável para ambos. Nenhum dos dois procura ajuda de pessoas em quem confiam. A partir desse conflito, desenvolve-se uma discussão por vezes violenta, à qual Rémi finalmente reage com total retraimento.
O modo como a sociedade construiu a masculinidade é cruel. É tão preconceituoso que chega ao ponto de amigos se separarem. De costurar dores na alma com amarras tão fortes capazes de roubar até mesmo a própria vida. O bullying aparece, então, como um recurso visível de uma masculinidade tóxica. Perigosamente tóxica. Tragicamente tóxica.
O filme é de uma beleza doloridamente verdadeira.
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Indicação de Leitura
Que nem sempre se relaciona com o conteúdo dessa Newsletter
Christopher é um jovem gay, argentino, que vive em Buenos Aires. Ele adora desenhar, pintar e sonha em ser artista. Seu pai, porém, não concorda muito com essa ideia e tenta convencê-lo a desistir disso. Sua mãe se mantém mais neutra possível para não se envolver nesse assunto. Quase sem apoio dos pais, Christopher conta com o apoio de sua avó, que sempre gostou de seu trabalho desde seu primeiro quadro, e de sua melhor amiga, Beatriz, a pessoa mais próxima a ele. Tudo muda na vida de Christopher quando uma família brasileira se muda para a casa em frente, tornando-os vizinhos. Com essa mudança, ele conhece Rafael, um garoto da mesma idade que possui muitas coisas em comum com Christopher. Os dois se conhecem e rapidamente tornam-se amigos. Christopher se apaixona por Rafael, que parece também demonstrar o mesmo sentimento. Contudo, ele passa a enfrentar mais dificuldades com as insistências de seu pai em relação ao seu futuro e sua avó, que acaba sendo vítima de câncer, deixando-o ainda mais abalado em meio à amizade com Rafael e as divergências de seu pai.
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Indicação de Leitura
“Sozinho, como sempre… Ninguém nunca veio em meu auxílio, jamais me prestaram socorro: nem mesmo quando criança. E desta vez não haveria de ser diferente. Abandonado pelo pai, privado da mãe. Jamais sentarei no trono e nem farei as preces aos antigos. As estrelas não irão me receber e ninguém irá chorar a minha morte…”
Trecho de O Primogênito do Sol
Há 5 mil anos atrás, no que hoje é chamado de Império de Arut, nasce o Deus Amonsehat, o primogênito do Faraó e Deus Arut, louvado pelo povo de três impérios diferentes, antes mesmo de seu nascimento, profetizado a maior de todas as grandezas: a restituição da Vastidão, a unificação dos três povos em um só novamente.
Contudo, nada disso aconteceu. O Deus Amonsehat não sentou no trono de seu pai, Arut. As profecias não se cumpriram. E a Vastidão jamais foi unificada.
Jheremy Ravier, como Amonsehat é conhecido agora, se casou com Andrius Firenze. Ambos adotaram o sobrenome Ravier Firenze em seus nomes. Jheremy concebeu dois filhos, chamados de Táris e Dominus. O maior genocida vivo possui, agora, uma família. Mas como isso aconteceu? Como é possível que um Deus caminhando sobre a terra constitua uma família?
Antes de encarnar Amonsehat, agora Jheremy, premeditou uma Guerra Universal e agora o destino está cobrando o seu preço...
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