Ninho de cobras
Registramos onde nascem, engolem e abraçam as cobras do cotidiano brasileiro.
Quer sobreviver? Atravesse o rio, mas tome cuidado com os crocodilos. Caminhe pela floresta, mas tome cuidado com as cobras. Não siga a raposa, ela pode até ser esperta, mas morre com o mesmo pau que mata o gato. Seja como um sono mal dormido, atento e modesto.
Foi lendo livros que consegui sobreviver a minha infância, mesmo as lembranças mais vagas e marginais dela estão conectadas ao meu apreço por palavras, poesia e música. O restante é tema para minhas terapias, mas vamos deixar isso para as salas e divãs, não aqui.
A literatura contém inúmeros gêneros e significados, penso nela como ferramenta na qual posso atravessar lugares e coisas, penso em demasia sobre palavras, signos e as vontades indeléveis que repousam no imaginário de um poema. Eu gosto de perceber como um romance revela tanto sobre o tempo, personalidades e os traços incólumes de um lugar, daquele autor, e o universo particular inserido naquele livro.
almoçaria verbos, meio-dia
comer comer comer
e aos lampejos
regurgito substantivo
próprio
Lá em 1973 foi publicado a primeira edição de Ninho de Cobras, um dos meus livros favoritos escrito pelo jornalista, poeta e romancista, Lêdo Ivo. Onde ele nos leva a conhecer uma história mal contada que remonta a imagem de uma Maceió da década de 40, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, através de personagens marcantes e uma narrativa potente.
O romance, apesar de ficcional, mastiga a identidade da cidade e sociedade alagoana de uma época muito diferente da que vivo hoje, é tão mágico perceber a história se cruzando com o imaginário fantástico, e ainda sim representando uma fiel ilustração das pessoas que passaram por estas terras em que hoje meus pés perambulam e por muito tempo também fizeram seu caminho.
Fica a recomendação de leitura para começar!
As narrativas fantásticas do cotidiano
Resolvi contextualizar essa história para justificar a escolha do nome Ninho de cobras para essa mais nova Newsletter semanal da Impérios Sagrados, onde iremos contar histórias fantásticas do cotidiano através de crônicas, prosas e outras aventuras literárias.
Contem com a minha presença quinzenalmente e a participação de outros autores muito especiais, mas que não posso revelar ainda para vocês para não gerar muito burburinho na cidade.
Segurem os ânimos, pois vamos nos encontrar mais vezes por aqui e conto com o apoio de vocês para construir nossas narrativas, comentem sugestões, enviem mensagens privadas, vamos manter contato!
Para quem não me conhece ainda, meu nome é Gabriel Bernardo, sou diretor de marketing da IS, escritor e poeta nascido na capital alagoana, Maceió. Tenho 25 anos, estou concluindo minha graduação em Comunicação Social com foco em Publicidade, amo literatura, conto mentiras de vez em quando, tenho outras personalidades e me divirto escrevendo sobre os assuntos mais aleatórios possíveis.
Devidamente apresentado agora chegou a hora de você fazer suas inscrições nos canais da IS tá bom?! Considere se tornar nosso assinante gratuito ou pago para receber Ninho de cobras semanalmente as sextas-feiras, além dos nossos outros conteúdos, sempre que forem publicados.
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Recomendo muito esse livro para quem gosta de uma boa história, e fofoca também KKKKKKKKK
Penso da mesma forma quanto ao reflexo desse momento político para toda uma geração literária e artística em nosso país. A contextualização histórica em diversas obras por todo país exprime visões diferentes e isso acho muito interessante!
Uma recomendação de livro aqui nesta Postagem tornou ainda melhor a mesma. E indicando a origem do Ninho de Cobras, cuja proposta me agrada bastante.