“A autora ganhou o Pulitzer em 1988 por sua obra Amada e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1993, sendo a primeira, e até o momento única, mulher negra laureada na categoria. Seu romance de estreia, O olho mais azul, publicado originalmente em 1970, conta a história de Pecola Breedlove, uma menina de 11 anos traumatizada pelos perversos efeitos do racismo e da desigualdade social. Essa garota se tornará uma dessas mulheres.
Ao longo do romance, acompanhamos o crescimento de Pecola, a protagonista, e de Claudia MacTeer, uma das narradoras, na mesma cidade em que nasceu a escritora, em Lorain, Ohio, no norte dos Estados Unidos, nos anos 1940. A narrativa, que vaga pelo tempo, explorando o passado e o futuro das personagens, concentra-se num outono de 1941, época na qual as leis de segregação racial, conhecidas como leis Jim Crow, ainda eram vigentes. Ali, nessas circunstâncias, Pecola e Claudia têm suas primeiras experiências e descobertas de vida. São jovens meninas negras de diferentes origens; a primeira, filha de migrantes do sul, e a segunda, de uma família afro-americana do norte, que descobrem ao mesmo tempo a menstruação, os padrões de beleza e a violência. Embora façam parte da mesma geração, essas meninas reagem a tais descobertas de modos díspares, por vezes antagônicos. Enquanto Pecola reza todas as noites para ter olhos azuis, Claudia destrói a boneca da Shirley Temple (atriz mirim loira de olhos claros popular nos anos 1940) que ganhara de Natal. Experiências contrastantes, sem dúvida, mas ambas decorrentes de respostas a um mesmo padrão estético que as exclui daquilo que é belo. Exclusão esta que é operada por meio de duas vias complementares: pela associação de elementos culturais e físico negros ao que é feio, e pela consideração de que apenas características fenotípicas brancas são bonitas” (link).
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