Pipoca🍿na manteiga😋 #11
Escrever para sobreviver: Autores que transformaram a dor em obra-prima.
Toda escrita nasce de um excesso. Uma dor que não coube no corpo, uma alegria que não pôde ser guardada em silêncio, uma lembrança que lateja demais.
Quando pensamos em grandes autores, muitas vezes esquecemos que, por trás de cada obra, havia alguém tentando sobreviver ao insuportável. Não é só estética, é gesto vital. Escrever é, tantas vezes, encontrar no papel o ar que faltava.
Sylvia Plath transformou sua angústia em poemas que cortam como lâminas. Clarice Lispector fez da solidão uma gramática íntima que reinventou a língua portuguesa. Franz Kafka escreveu cartas e contos para suportar o peso da vida familiar e da sensação constante de inadequação promovida pelo preconceito. Ler essas vozes é testemunhar como a dor pode se transfigurar em beleza, sem desaparecer, mas ganhando outra forma.
Este é o Pipoca🍿na manteiga😋, nossa news semanal onde você entra assiste a várias estreias e espetáculos com um bilhete só: literatura, psicanálise, cinema, arte e cultura com sabor de sexta-feira. Nosso convite é simples: senta aqui com a gente (ou leia em pé busão , correndo no parque, com café na mão), porque o filme da vida ainda tá passando. Aqui você encontra 🎭 Literatura 🎬 Cinema 🧠 Psicanálise (sim, eu amo usar emogis) entrelaçadas no nosso cotidiano.
A escrita não apaga o sofrimento. Mas ela dá contorno, cria borda, permite nomear o que parecia impronunciável. Freud dizia que a palavra cura porque permite elaborar. Lacan acrescentaria: a palavra faz existir o desejo. Assim, quando lemos essas obras, não é apenas a dor de um outro que tocamos, mas também a possibilidade de dar destino ao nosso próprio mal-estar.
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