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Pipoca🍿na manteiga😋 #5

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Quem nunca sentiu que o desejo está cansado? Que até o erótico murcha? A gente não para de desejar: mas deseja mal e às vezes deseja tão pouco que se acostuma com migalhas.

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ago 01, 2025
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Pipoca🍿na manteiga😋 #5
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O desejo em crise: do burnout ao tédio erótico

Nessa sociedade da performance, até o prazer virou produtividade. Se deseja demais. se deseja por obrigação. Como se amar, gozar, querer e viver tivessem que dar engajamento, render likes ou ao menos um match que justifique o nosso dia. O desejo, antes linha que nos atravessava, virou tarefa e check-list emocional. E aí vem o tédio.

Oiê, você! Este, que você lê agora, é o Pipoca🍿na manteiga😋, nossa news semanal onde você entra assiste a várias estreias e espetáculos com um bilhete só: literatura, psicanálise, cinema, arte e cultura com sabor de sexta-feira. Nosso convite é simples: senta aqui com a gente (ou leia em pé busão , correndo no parque, com café na mão), porque o filme da vida ainda tá passando. Aqui você encontra 🎭 Literatura 🎬 Cinema 🧠 Psicanálise (sim, eu amo usar emogis) entrelaçadas no nosso cotidiano.

Mas e o erotismo, onde entra nisso tudo? Erotismo não é só sexo é o campo onde o desejo encontra linguagem, onde o corpo vira símbolo, onde a falta vira dança. É o espaço do quase, do não dito, da tensão e tesão. É o que nos faz tremer não pelo que tocamos, mas pelo que ainda não alcançamos. E quando o desejo entra em crise, o erotismo quase desaparece. Fica difícil manter acesa a centelha do encantamento quando tudo precisa ser rápido, direto, eficiente e com o número de código de barras do boleto.

O escritor "Georges Bataille defendia que o erotismo era uma força primordial e essencial na existência humana” (link do artigo), e eu me pergunto: o que estamos fazendo com essa força? Como ela está se moldando com a necessidade de ser instagramável?

No meio desse colapso do desejo, tem algo ainda mais triste: a gente começa a se acostumar com migalhas. Uma notificação vira carinho. Um emoji, afeto. Um encontro ruim, quase amor. Vai se perdendo a régua interna do que nos atravessa de verdade e o desejo, que antes mobilizava corpo, tempo e pensamento, vira um resíduo. Um cansaço que a gente varre pra debaixo do tapete digital.

“A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico caracterizado pela exaustão física e mental, resultante de um estresse crônico relacionado ao trabalho”, (artigo). É um estado de esgotamento emocional, físico e mental causado, primeiro, por condições desgastantes no trabalho. Mas que pode ser estendida a outras esferas da vida. O burnout afetivo vai nos tornando bons em sobreviver com pouco, mas incapazes de desejar muito. E aí o tédio não é mais só do erótico, mas da vida que se repete como um feed: rápido, previsível, esquecível.

O tédio erótico é isso: quando o corpo até está lá, mas a mente está na fatura do cartão de crédito. Quando tudo se mostra demais e seduz de menos. Quando a excitação vira obrigação. E o gozo? Só vem por acidente ou por insistência e nunca mais por surpresa.

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