Pipoca🍿na manteiga😋 #6
Freud nos alertava sobre a repetição compulsiva como sinal de um trauma não elaborado e, aqui, os algoritmos funcionam como esse trauma moderno, que repetimos todos os dias ao abrir o celular.
Ansiedade e algoritmos:
por que o Instagram nos faz sentir mal?
Eu não sei você, mas às vezes abro o Instagram e, antes mesmo de rolar três posts, já estou me sentindo meio… inadequado. Como se todo mundo tivesse um corpo melhor, um amor mais saudável, viagens mais caras e um cachorro que posa melhor para fotos. O feed, essa vitrine infinita, vai me dizendo sutilmente: “Você está atrasado. Você não está produzindo o suficiente. Você não está vivendo o suficiente”.
Oiê, você! Este, que você lê agora, é o Pipoca🍿na manteiga😋, nossa news semanal onde você entra assiste a várias estreias e espetáculos com um bilhete só: literatura, psicanálise, cinema, arte e cultura com sabor de sexta-feira. Nosso convite é simples: senta aqui com a gente (ou leia em pé busão , correndo no parque, com café na mão), porque o filme da vida ainda tá passando. Aqui você encontra 🎭 Literatura 🎬 Cinema 🧠 Psicanálise (sim, eu amo usar emogis) entrelaçadas no nosso cotidiano.
Acontece que o Instagram é um espelho distorcido, calibrado por algoritmos que entendem mais do nosso desejo do que nós mesmos. Freud diria que a angústia é sinal do desejo travado; Lacan acrescentaria que o desejo, quando sequestrado pelo Outro (nesse caso, o algoritmo), vira gozo compulsivo: a gente rola, rola, rola e nada se satisfaz. É como se o aplicativo fosse uma esteira infinita para o nosso olhar: quanto mais olhamos, mais sentimos que falta.
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