Adeus pássaros, obrigado por me acompanharem nessa jornada solitária, cada momento aqui foi um aprendizado. Não sabia ainda, mas nascia em mim amor pela liberdade maior do que antes de conhecer o céu, antes de alçar os voos mais assustadores que ousaria tomar. Fui acolhido como somos pelas nuvens em dias calmos, e abraçado como a brisa nos abraça após as tempestades.
Espero que também possam conhecer outras formas de liberdade, sem nunca esquecer onde mora o ninho de vocês.
Carpe Diem por Patrícia Vieira Tomás
Somos finitos… Carpe Diem, carpe diem momentos felizes Ficarão O mar infinita sua beleza Flui… Sejamos oceanos!
Dois pássaros por Gabriel Bernardo Os pássaros cospem fogo e as labaredas do exílio consomem plástico filme queimado no incêndio do sexo Fricção entre marginalidades pulsão e abandono ambas comorbidades presentes nessa idade saudade corrompe amizade A bala na agulha pontualmente martelando tambor, grave, fósforo branco pós-guerra resta a sombra dilacerando a memória O que houve entre as paredes se o teto já não observa tateando o escuro de um corpo obtuso saboreando o efêmero ponto G ou H é manhã outra vez trabalho ou descanso
Concerto urbano
por Emanuel Canola
Olhar inebriante. Anoitece
luminoso satélite, ou, BMW
estrelas cadentes na cidade
pouco importa velocidade
eletricidade, corpos estáticos
separando a mesa dos bares
entretanto, há quem não
consegue mesmo frear
a vida.
Boca falante. Bocarra
provocante som do lábio
encostando o outro
lado da língua
numa sexta-feira cabalística
come quem tem fome
ansioso pudor é assunto
político, genérico
até a meia-noite:
não lembramos o nome ou como voltar para casa.
Anjo perdido
por Augusto Flores
Bosque de concreto
tudo aqui é precipício, aviso
espatifou-se no chão
partiu-lhe o rosto
em descuido
avareza e desejo.
Buscou até na borda do céu
aquilo que não é divino
defeito imperativo
incomum para o que é eterno
humano.
A queda foi prelúdio
suas lágrimas douradas
pintaram o horizonte
onde nasce deus
tempo/sono
no coração
do amanhã.
O bosque dos anjos.
A dor da paciência
por Mônica Barros
Um céu de mil cores
descobrimento e anseio
fruto que caiu do cacho.
todo não saber
se revela angústia
na espera
todo horizonte parece eterno
mas jaz limitado
no corpo e mente.
divagações rotineiras
numa louça de pratos
e nos restos de corante
eis que ilumina o dia
sorriso que nem posso ver
sentimento que não posso sentir
fé no tempo, fé no existir
já não sei se pertenço
aos planos deste espaço
por via das dúvidas
sonho quando durmo
ao acordar
finjo que sonho
temo quando saio
quero sair quando fico
paciência...
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