O Alienista
Por Sr. Welyson Pereira de Almeida
Setembro de 2025 já pode ser considerado um mês simbólico para a história política do Brasil. Depois de anos de impunidade, crises institucionais e tentativas de desmonte do Estado Democrático de Direito, finalmente testemunhamos um marco: no dia 11 de setembro de 2025, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para condenar Jair Messias Bolsonaro e outros réus ligados à tentativa de golpe de Estado.
A pena não é pequena: 27 anos e 3 meses de prisão para o ex-presidente, além da confirmação de que atuou dentro de uma organização criminosa. Trata-se de um desfecho histórico, não apenas pelo julgamento em si, mas pelo recado que envia à sociedade brasileira: ninguém está acima da lei.
É impossível não lembrar que este setembro começou com mais um episódio constrangedor: no Dia da Independência, vimos centenas de “patriotas” exibindo a bandeira dos Estados Unidos em solo brasileiro, um gesto simbólico de submissão e confusão ideológica. Enquanto enalteciam um país que não se importa com eles, ignoravam as próprias raízes e a soberania nacional. Mas a resposta veio dias depois. Se o 7 de setembro foi marcado pelo ridículo, o 11 de setembro foi marcado pela vitória da justiça.
A verdade é que Bolsonaro já estava derrotado muito antes da sentença. Durante todo este ano, o tom de sua retórica mudou: deixou para trás a arrogância e passou a contradizer suas próprias falas, transformando bravatas em pedidos velados de clemência. Sua defesa jamais buscou provar inocência. Ao contrário: apostou em pedidos de anistia e em pressão estrangeira, como se a soberania brasileira fosse moeda de troca. Um ex-presidente curvando-se diante de interesses externo, essa é a cena que ficará marcada como um dos maiores sinais de sua fraqueza política e moral.
O golpe final à sua imagem veio justamente na hora em que deveria mostrar coragem: o julgamento. Bolsonaro sequer compareceu. O autoproclamado “imbrochável” não teve coragem de encarar seus acusadores, preferindo se esconder. A ausência não foi apenas um gesto de covardia, mas um símbolo de derrota completa.
Em meio a essa vitória, também tivemos cenas lamentáveis. O ministro Luiz Fux mudou seu voto em relação ao mês anterior, cedendo às pressões de um país estrangeiro. Sua incoerência é uma demonstração patética de covardia de um representante da mais alta esfera da de um dos 3 poderes, é ináceitável um Ministro do STF se render a chantagem dos EUA.
É verdade que Bolsonaro não foi condenado por todas as suas atrocidades. As mais de 700 mil mortes na pandemia, muitas delas evitáveis, permanecem sem o devido julgamento. No entanto, a condenação pelo crime de tentar abolir violentamente a democracia já representa um passo imenso para o país. Mais do que uma pena de prisão, esse julgamento reacende a chama da esperança: a ideia de que o Brasil pode, sim, responsabilizar líderes autoritários e criminosos, mesmo quando parecem intocáveis.
A condenação de Jair Bolsonaro é mais do que a queda de um ex-presidente. É um símbolo da resistência democrática. Mostra que, apesar das pressões, dos retrocessos e das feridas abertas na sociedade, ainda há espaço para acreditar na força da lei e no poder da justiça. Que este 11 de setembro seja lembrado como o dia em que o Brasil deu um passo firme contra o autoritarismo. Um dia em que a democracia mostrou que pode, sim, resistir e vencer.
Por fim vale ressaltar que devemos sim comemorar esse marco na história mundial e se lembrar das palavras de Gabriel, o pensador, na música patriota de 1995:
Não mexe na minha estante!
Com a chegada do tão aguardado segundo jogo da série, nada melhor do que revisitar o clássico Hollow Knight, um dos maiores fenômenos indie da última década.
Lançado em 2017 pela pequena equipe da Team Cherry, Hollow Knight conquistou o mundo gamer não apenas pelo seu gênero metroidvania bem executado, mas também por sua atmosfera única, que mistura mistério, melancolia e uma beleza sombria rara de se encontrar.
👉 O que torna Hollow Knight tão especial?
🎮 Gameplay desafiador e recompensador: cada combate exige estratégia, precisão e aprendizado constante.
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🎼 Trilha sonora imersiva: cada acorde reforça a sensação de estar explorando um universo vivo, ora sereno, ora ameaçador.
💸 Preço acessível: em tempos de jogos cada vez mais caros, Hollow Knight provou que é possível entregar qualidade absurda sem explorar o bolso do jogador.
Mais do que um jogo, Hollow Knight é uma experiência de descoberta, de superação e até de contemplação. Ele mostra como um projeto independente pode rivalizar (e até superar) grandes produções, tanto em qualidade quanto em impacto cultural.
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