Só sei que foi assim #14
Máquina Crítica: O Grupo de Leitura da IS Editora começou! Ciclo: quanto Marx melhor!
O Alienista
Por Adauto Cruz
No sábado, dia 27 de setembro, começamos uma jornada que já nasce com nome provocador: Máquina Crítica: Quanto Marx, melhor. Um grupo de leitura que não surgiu por acaso, mas em resposta a um tempo que exige luta e enfrentamento, que deixam de ser apenas opções teóricas para se tornarem práticas. É uma resposta à necessidade de formação política, de se reconhecer como sujeitos políticos e perceber forças, muitas vezes invisíveis, que influenciam a vida de cada um de nós.
Estive ali como participante, em um encontro coletivo para sintonizar experiências e ideias, discutir entrelinhas e compartilhar percepções. Cada trecho da leitura busca conhecer não apenas Marx, mas também nós mesmos, através de sua obra que dialoga intensamente com os dias de hoje.
Na leitura do prefácio e da introdução de O Capital, o que mais chama a atenção é a força de um texto publicado em 1867. Não é como ler um documento antigo, relatos de um passado distante, mas problemas que nos desafiam e continuam no centro da sociedade. Reconhecer isto logo no início serviu para aumentar o entusiasmo para seguir adiante e compreender mais a fundo as engrenagens que movem o nosso próprio tempo.
É importante ressaltar que a leitura em grupo, com pessoas de diferentes áreas, trajetórias distintas, fortalece nosso objetivo, pois cada comentário, cada dúvida e cada associação enriquece a interpretação. Ler em grupo não é apenas estimulante, mas potente. No próximo encontro, vamos discutir o capítulo 1, onde Marx aborda a mercadoria. Deixo aqui o convite para que se junte a nós!
Os nossos encontros serão presenciais e quinzenais na Livraria Vertov em Curitiba, então se você tem interesse em participar já responde o nosso formulário clicando aqui.
Não mexe na minha estante!
Ao ler A Palavra que Resta, fui profundamente tocado pela forma como Stênio Gardel constrói uma história de silêncio e resistência. A trajetória de Raimundo, que decide aprender a ler já na velhice para finalmente decifrar uma carta guardada por décadas, me emocionou pelo simbolismo: não se trata apenas de alfabetização, mas de enfrentar o passado, dar voz a si mesmo e reescrever a própria dignidade. A prosa, simples e poética, me fez sentir próximo do personagem, como se suas lembranças fossem confidências sussurradas diretamente a mim.
O que mais me marcou foi a delicadeza com que Gardel trata temas tão densos como analfabetismo, homofobia e exclusão. Não encontrei estereótipos, mas sim uma humanidade cheia de dor, coragem e esperança. A narrativa curta, intensa e carregada de lirismo me deixou a impressão de que cada palavra era necessária, de que nada estava ali por acaso. Terminei a leitura com a sensação de ter conhecido uma vida inteira em poucas páginas e de que, de alguma forma, também restava em mim uma palavra não dita, aguardando o momento certo de ser lida.
Quem avisa…?
Ainda essa semana um evento produzido por parceiro será anunciado ao público, a pedidos desse parceiro não podemos ainda entrar em muitos detalhes, mas fiquem atentos ao nosso perfil @imperios_sagrados para maiores informações.
Nosso calendário semanal de publicações:
Segunda: Só sei que foi assim… [esta news assinada pelas três vozes da Diretoria IS]
Terça: Autoras e Autores do Grupo do Substack IS
Quarta: Podcast IS por Welyson Pereira de Almeida.
Quinta: Varalzinho por Gabriel Bernardo (você já enviou o seu poema para nós?)
Sexta: Pipoca na manteiga por Cristian de Quevedo.
A Mesa de Jogo de RPG da IS, que você pode conferir clicando aqui.
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Catálogo dos livros: estanteis.mycartpanda.com
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