Só sei que foi assim #21
A prisão do "eu não sou coveiro". Anistia não veio, mas a preventiva sim. Que pena… ou melhor, que delícia.
O Alienista
por Welyson Pereira de Almeida
Que fim de semana maravilhoso!!! Imagina a minha felicidade ao acordar no dia 22/11, abrir os jornais e me deparar com a notícia da prisão de Bolsonaro. Uma prisão com muitos detalhes que me fizeram rir pela incompetência, estupidez e hipocrisia do clã do futuro residente da Papuda, mas também de alegria por ver que ele não vai conseguir fugir da justiça.
O mais cômico de toda a situação é perceber que as duas prisões, a domiciliar e a preventiva, foram causadas por ações desesperadas da sua prole e da corja que o segue, na tentativa de chamar atenção para ideias esdrúxulas de anistia. Uma ideia que vai totalmente contra os ideais que ele próprio declarou inúmeras vezes, sem contar que de fato houve uma tentativa de fuga, mas sem sucesso.
“Quem não quer ir pra lá (cadeia) é só não fazer nada de errado. Quem está lá, está porque mereceu” - Jair Bolsonaro em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, em 2018.
Existem inúmeras falas que poderiam ser citadas, mas no fim das contas é muito bom ver a justiça sendo feita, mesmo que não em sua totalidade. Que isso ao menos sirva de justiça pelas 700 mil vítimas da pandemia, pela propagação do discurso de ódio, pelo aumento da violência contra as mulheres e, principalmente, pelo mínimo de responsabilização que recebemos por esses e por tantos que ainda insistem em enaltecer a ditadura militar.
Que esse episódio sirva, no mínimo, como um lembrete amargo para quem ainda sustenta a fantasia de que criminosos de terno e faixa estão acima da lei. Não é redenção, não apaga o estrago, mas é um começo. Um começo que dói justamente em quem sempre achou que nunca precisaria prestar contas. Se a justiça tarda, que pelo menos continue chegando com força suficiente pra arrancar a máscara de quem viveu anos debochando do país e das vítimas. Hoje, pelo menos, o gosto é de vitória.
Por fim gostaria de compartilhar esse ato de coragem que me fez rir da cara do 01:
Não mexa na minha estante!
Muitas vezes são pensamentos que nem nos pertencem aqueles que no fundo temos até vergonha de proferir ou mesmo de contar na terapia Fabio Pires. Café entre Escombros é uma coletânea que transita entre crônicas e contos explorando temas como o tempos solidão a memória e os recomeços. Com uma escrita envolvente e pontuada por toques de humor Fabio Pires nos guia por histórias que falam de nossas dependências, inquietações e reinvenções além de revisitar abandonos e momentos de infância. Cada texto seja ficção ou um registro quase confessional carrega uma regra simples: ser interessante o suficiente para que o leitor se encontre nele. É um convite para refletir sobre a vida que percebemos ? ou deixamos escapar ? enquanto seguimos entre escombros tomando um último gole de café. No seu terceiro livro, esse pela IS Editora, Fabio entrega um mosaico literário de 65 textos (crônicas/contos) que nos faz rir, pensar sobretudo nos lembrar de que há beleza no cotidiano e nas pausas que ele nos oferece.
Mas porque estou reforçando essa recomendação? No dia 05 de dezembro na SEXTA às 19h, será feito o lançamento desse livro fantástico na Resenha da Viela, no Rio de Janeiro. Quem for da região ou estiver lá na data do evento, poderá conhecer o autor e fazer parte desse capítulo da Editora Impérios Sagrados.
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Quem avisa…?
Só sei que foi assim #18
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