Só sei que foi assim #24

Reflexões de fim de ano e preço da "democracia".

O fim do ano está nas nossas portas e não tem como não olhar para todo esse ano e não refletir sobre o que passamos. Nós da IS dissemos antes, mas vale a pena resaltar: QUE ANO DIFÍCIL!! Tanto na IS quanto pessoalmente, foi um ano que passei muito estresse por questões pessoais e profissionais, o que cuminou a finalmente perceber que eu precisa de ajuda. Não que esse ano foi o que causou eu precisar de ajuda, mas sim foi aquele que me fez vencer o medo de buscar ela.

ontem fiz a minha sétima sessão de terapia, a última desse ano, e não consigo deixar de ficar pensativo sobre o que eu estou descobrindo sobre mim ao fim de cada sessão, de parar e refletir os sinais de várias ações minhas que não tinham sentido ou eram coisas isoladas, mas na verdade eram reflexos de questões que preciso trabalhar e pensar sobre daqui em diante, questões que me assustam, mas que me deixam cada vez mais contente com a terapia, pois finalmente me ajudar a entender o que se passa comigo.

Mas esse ano não é só sobre estresse e desafios com a terapia, mas sim de conquistas que as vezes não con seguimos dar o verdadeiro valor e de conquistas que me dão um sorriso no rosto ao me lembrar delas. A IS, nesse ano em que ficou as portas do seu encerramento, não apenas se reinventou, mas amadureceu em aspectos que fica muito difícil explicar para quem está fora da diretoria da empresa. Vocês talvez ainda não notaram essas transformações, mas em 2026 elas viram com muita mais força.

Esse ano também aconteceu um dos momentos mais aguardados por muitos da IS nos últimos mais de 5 anos: a prisão do Bolsonaro. Sim, eu sei que não falei pouco disso, mas para nós que sempre falamos e lutamos contra o preconceito, o racismo, a homofobia, o machismo/feminicídio e a injustiça, ter essa grande vitória no nível politico e social é extremamente reconfortante. E o mais engraçado de tudo é que a grande virada na IS e pessoal minha vieram na mesma época. Eu acredito no acaso, afinal o caos existe, mas não quer dizer que não consigo deixar de acreditar que as coisas estão ligadas umas as outras.

Uma das coisas mais cômicas em todo o cenário político aconteceu nas últimas semanas: a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro. Mas cômica por quê? Ao se candidatar, Flávio Bolsonaro afirmou ter recebido uma missão de seu pai para disputar a eleição presidencial, mas, logo de cara, anunciou que sua candidatura tem um preço para que ele desista, demonstrando que não há ideais ou verdadeira luta, mas sim interesses pessoais. E quais são esses interesses? Anistia para o seu papai.

Após notar a resposta do público à sua mais nova demonstração de hipocrisia para com o eleitorado, ele tentou corrigir o “preço” de sua candidatura. Ainda assim, fica evidente que o único interesse é a impunidade e a manutenção do poder de sua família. Espero apenas que, em 2026, possamos assistir a uma reencenação do vídeo abaixo, mas com outros atores kkkkkk.

Não mexa na minha estante!

Para finalizar, gostaria de indicar o documentário Sean Combs: O Acerto de Contas, produzido por 50 Cent e disponível na Netflix. Recomendo esse documentário não por conta da minha opinião sobre o tema ou por ter algum conhecimento aprofundado dessa história em específico, que eu não tenho, mas sim por algo que não foi seu foco central e que, principalmente em seu último episódio, tornou-se muito gritante: o poder da manipulação da narrativa.

Aqui, peço que não me entendam errado: não estou me referindo à manipulação por parte da equipe do documentário, mas sim à forma como o próprio Sean Combs construiu e sustentou sua narrativa pessoal — um mecanismo que muitos políticos brasileiros aprenderam a utilizar e vêm explorando com frequência. Trata-se de algo que se mostra cada vez mais assustador na sociedade contemporânea, especialmente diante da cultura do cancelamento.

Quem avisa…?

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