O Alienista
Por Welyson Pereira
Logo de cara, quero deixar uma coisa bem clara: esse texto tem muito de descarrego, assim como comemoração da minha parte. Apesar do assunto abordado ser muito triste e ruim que tenha acontecido com o nosso país e povo, precisamos, cada vez mais, fazer um esforço descomunal para enxergar a realidade e parar de ceder espaço paras às armadilhas e falácias distribuídas na mídia e na história contada, afinal a história sempre será dos vencedores; dificilmente os justos e honestos vencem.
Como a maioria dos adolescentes de classe baixa do Brasil, cresci ouvindo— e como consequência, crendo— que política é coisa de bandido, que não vale a pena debater sobre isso e cheguei ao ponto de anular o meu voto na primeira eleição em que era obrigatório votar. Lembro de ter ficado indignado por ter que passar quase 7 horas no TRE de Curitiba para poder emitir o meu título de eleitor. Isso e a minha estúpida escolha, minha e de outros da minha idade, de anular o meu voto é um sintoma de um dos graves problemas culturais do brasileiro, que foi engenhado principalmente pelos próprios representantes políticos.
Parece teoria de conspiração dizer que o afastamento cultural da política é algo construído, mas não é um ditado popular brasileiro que “Política, Religião e Futebol não se discute”? Mas não é sobre isso que quero falar. Na verdade quero falar um pouco disso ao longo das próximas semanas aqui em nossa News. O meu interesse por politica começou, de fato, em 2018, quando fui convocado para ser mesário e tive de assistir de camarote a vergonhosa eleição para presidente de Jair Bolsonaro. Sim, é vergonhoso alguém que elogia e enaltece os torturadores da Ditadura Militar e é especialmente vergonhoso o modo como ele foi eleito.
Acompanhar, nos jornais, o governo Bolsonaro ficar cada dia mais nojento, isso antes ainda da pandemia de Covid, me fez ficar cada vez mais interessado em política, em estudar e discutir sobre política. O que me deixava cada vez mais horrorizado com o cenário em que nos encontrávamos, de ver como os símbolos que representam o povo brasileiro, desde a bandeira até a camisa da seleção, serem raptados e passarem a representar os “Patriotas“ da família Bolsonaro.
Por isso, exatamente por isso, que ver o BANDIDO do Jair Bolsonaro ser colocado na tornozeleira me alegrou de forma indescritível. A primeira coisa que qualquer pessoa tem que colocar na cabeça quando pensa na investigação sobre tentativa de golpe de estado, melhor ainda, quando Qualquer pessoa que é acusada de um crime INJUSTAMENTE, ela deve pedir por JUSTIÇA e não por ANISTIA, ela deve lutar para provar sua INÔCENCIA e não pedir PERDÃO pelos seus crimes.
Para todas as pessoas no mundo, quiçá no Brasil, deve ser muito claro que quem pede PERDÃO É CULPADO, não há argumentos contra isso. É vergonhoso ter que escutar alguém defendendo anistia, as mesmas pessoas, ou melhor “CIDADÕES DE BEM“, que discursão bandido bom é bandido morto. Fica mais feio ainda quando a família Bolsonaro se vira e abana o rabo para Donald Trump, alguém que não dá a mínima para eles, nem para o povo brasileiro, alguém quer o Brasil como eles: como um cachorrinho abanando o rabo para o seu dono.
Espero que nenhum leitor nosso se engane: o tarifaço de Trump não tem nada há ver com a investigação de Bolsonaro. O propósito do tarifaço é de frear o avanço do BRICS e recuperar a hegemonia econômica mundial dos Estados Unidos. Mas porque o BRICS incomoda? O BRICS representa, hoje, a maior ameaça à influência e ao poder dos Estados Unidos sobre a economia, diplomacia e decisões geopolíticas, principalmente pela sua busca de parar de usar o dólar como moeda global em suas negociações. Afinal, o dólar dá ao país controle sobre sanções e juros globais.
E porque o Brasil? Ahhh… isso eu precisaria de muito mais tempo apenas para conjecturar, mas não há duvida alguma que não é por amor ao seu cachorrinho, agora preso em casa durante a noite. No fim de tudo é realmente prazeroso finalmente ver esse GENOCIDA respondendo pelas atrocidades que disse e fez durante, antes e depois de seu vergonhoso mandato como presidente da República.
Não mexe na minha estante!
Tive o privilégio de estar nos bastidores desse projeto, cuidando da edição e da diagramação. E posso dizer com o coração aberto: cada verso do Anderson Lemes carrega uma força que atravessa. Não é só poesia — é vivência, é memória, é cicatriz e cura.
Trabalhar nesse livro foi mais do que um processo técnico. Foi um encontro. Com palavras que me atravessaram, com histórias que me fizeram parar, respirar fundo e seguir.
Versos Pretos é sobre resistência, mas também sobre ternura. Sobre o peso e a beleza de existir sendo negro em um país que insiste em invisibilizar. É um livro necessário — e é uma honra fazer parte disso.
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